BARCELONA, MON AMOUR

PALAVRA DO CRÍTICO: "VICKY CRISTINA BARCELONA" É UM WOODY ALLEN MAIS VIVO DO QUE NUNCA. O DIRETOR - PROVAVELMENTE CONSCIENTE - RETRATOU O ARQUÉTIPO DO VERÃO DE FORMA ÚNICA: DESEJO SEXUAL, VIVACIDADE, CRIATIVIDADE, BELEZA ESTONTEANTE E ETC. OS PERSONAGENS SÃO TUDO ISSO E MAIS UM POUQUINHO. O MAIS INTERESSANTE É QUE O DIRETOR, ALÉM DE FAZER UM DOS SEUS FILMES MAIS CHARMOSOS E IRRESISTÍVEL, AINDA BRINCOU DE ALMODOVAR, DE TRUFFAUT E DE GODARD. VALE A PENA CADA CENTÍMETRO DA PELÍCULA E SE VOCÊ SE INTERESSA POR ARTE, "VICKY CRISTINA BARCELONA" SERÁ SEU FILME DE CABECEIRA POR ALGUNS MESES. (CULT POP).

SANGUE E FAMÍLIA

PALAVRA DO CRÍTICO: "MEU IRMÃO É FILHO ÚNICO" É UM ÓTIMO PAINEL SÓCIO-POLÍTICO E FAMILIAR DAS TURBULENTAS DÉCADAS DE 60 E 70. TUDO É RADIOGRAFADO SOBRE O PONTO DE VISTA DO PROTAGONISTA/NARRADOR, QUE ESMIÚÇA SEM RODEIOS AS CONTRADIÇÕES DE SUA SOCIEDADE. ELE TEM A OUSADIA DE SE TORNAR FACISTA DENTRO DE UMA FAMÍLIA EMINENTEMENTE COMUNISTA. (CINECLICK).

PALAVRA DO CRÍTICO: "GOMORRA" É UM ÓTIMO EXEMPLO DE COMO O CRIME ORGANIZADO, E NÃO MAIS A MÁFIA (GLAMOUROSA E HONROSA), TRANSFORMAM OS SEREM HUMANOS EM PEQUENOS PEDAÇOS DE CARNE FEITOS APENAS PARA O LUCRO SEM MEDIDA E SEM ESCRÚPULOS. ESPERA AÍ: ISSO CHAMA CRIME ORGANIZADO OU CAPITALISMO? (CULT POP).

CANÇÕES E SEPARAÇÕES

PALAVRA DO CRÍTICO: OZON DEFINIU SEU FILME COMO UMA OBRA QUE COMEÇA À LA BERGMAN E TERMINA À LA LELOUCH. EM "AMOR EM CINCO TEMPOS" O CINEASTA ESTÁ NO AUGE DA FORMA SE PROPONDO A DESMANTELAR COM ELEGÂNCIA UM CASAMENTO, QUE PODERIA SER FELIZ, MAS QUE POR DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS NÃO ENCONTROU A SUA RAZÃO DE SER. (CINEWEB).


PALAVRA DO CRÍTICO: "CANÇÕES DO AMOR" É UM FILME QUE COMEÇA PARECENDO FLERTAR COM UMA FRIVOLIDADE DE SENTIMENTOS E ENCENAÇÃO, MAS QUE LOGO PROPÕE, NUMA VIRADA, UM ENFRENTAMENTO COM A MORTE E A PERDA. HÁ QUE SE RECONHECER O TALENTO QUASE BRUTAL DE HONORÉ EM CONSEGUIR INTERCALAR A FILMAGEM DE SITUAÇOES EMOCIONAIS PESADAS COM UMA BUSCA QUASE OBSSESSIVA PELA FELICIDADE, ONDE OS PERSONAGENS NÃO PARAM DE SE BATER UNS CONTRA OS OUTROS DAS MANEIRAS MAIS INESPERADAS, NUM CINEMA QUE PARECE NOS DIZER O TEMPO TODO QUE NÃO EXISTE MANEIRA ERRADA DE SE TENTAR "SER FELIZ". (EDUARDO VALENTE - REVISTA CINÉTICA).

OS FILMES DO FIM DE SEMANA

GUY RITCHIE NÃO SE PREOCUPA EM CONTAR UMA HISTÓRIA PLAUSÍVEL COM SEU MAIS NOVO FILME. O QUE O DIRETOR QUER É MOSTRAR AS GRANDES MUDANÇAS QUE LONDRES VEM PASSANDO NOS ÚLTIMOS 30 ANOS. HÁ A MÁFIA RUSSA INFILTRADA NA GRANDE METRÓPOLE, HÁ ESPECULAÇÕES E SUPERFATURAMENTO IMOBILIÁRIO, HÁ GRUPOS DE ROCK EM ASCENSÃO, HÁ MULHERES FATAIS E ROUBOS MILIONÁRIOS; E DE QUEBRA O SUMIÇO DE UMA OBRA DE ARTE - QUE SEMPRE DÁ UM CHARME A MAIS EM QUALQUER FILME. E PONTO. O QUE TUDO ISSO QUER DIZER? BASICAMENTE NADA; AFINAL DE CONTAS "ROCK'N ROLLA" É UM FILME SOBRE "NADA". MAS É O MELHOR FILME SOBRE "NADA" A ESTREIAR NAS LOCADORAS NESTE FINAL DE FEVEREIRO E TALVEZ NOS ÚLTIMOS ANOS.


ALEXANDER SOKUROV CONTA UMA HISTÓRIA DE DOR, DESESPERO E TENTATIVA DE SUPERAÇÃO COM UM LIRISMO POUCO VISTO NO CINEMA ATUAL. A HISTÓRIA DO FILHO QUE PERDEU A MÃE E SEU PAI, AMBOS, TENTANDO SUPERAR A PERDA, FOI ESTIGMATIZADA POR UMA CENTENA DE CRÍTICOS; TODOS ALEGANDO UM APELO HOMOERÓTICO ENTRE PAI E FILHO. MAS O QUE FICA, PELO MENOS PARA MIM, É UM DOS MAIS BELOS FILMES RUSSOS QUE JÁ VI. EM TEMPO, MERECE DESTAQUE SUA OUTRA OBRA PRIMA: "MÃE E FILHO", A PRIMEIRA PARTE DA SUA TRILOGIA SOBRE RELACIONAMENTOS FAMILIARES AO QUAL "PAI E FILHO" FAZ PARTE.